O taxista que negociamos, na hora, para levar o Gonçalo ao aeroporto promete apanhar-nos mais tarde, às 06:00, mas teremos de engendrar um plano B, já que a hora tao madrugadora não aparece. Sem problemas, até porque arranjaremos mais barato. Abdel está a iniciar o dia e é excelente conversador. Tem dois filhos e trabalhou um par de anos na Grécia, onde encontrou “as mulheres mais loucas” da sua vida. “Foram tempos de excessos”, reconhece o seguidor do Islão. Que, garante-nos, já limpou “todos os pecados”.
O Egito foi experiência excelente e as últimas imagens do país apenas me fazem desejar voltar: o Cairo visto do céu é deslumbrante. E as pirâmides ganham nova dimensão, destacando-se num horizonte idílico sob nós. E nunca o fértil vale do Nilo foi tão nítido, em verdes contrastes com o deserto…
Quando abordamos a chegada a Londres, o cenário é bem diferente. O outono vestiu a paisagem. Um deslumbre de tonalidades… O clima mudou e as nuvens a desfazer-se na ponta da asa do avião vão conferindo ao momento uma imagem mística, reforçada com a banda sonora ideal: Another’s Arms dos Coldplay.
A custo, o cérebro é reprogramado. África é passado. Duas semanas sem usar uma única vez um par de calças (calor obriga a t-shirt e calções) e agora toda a artilharia que a mochila aguentou em termos de roupa quente. Não faço contas, mas a amplitude térmica rondará atormentadores 25º. Brrrrrr…
Temos oito horas e picos entre os aeroportos de Heathrow e Gatwick. Obviamente, não desejamos ir diretos. Metro para o centro. Uma hora e tal depois estamos em Covent Garden. É aqui que vamos passar o tempo livre. Reviver Londres, encarnar o espírito natalício… uma viagem mais dentro desta grande jornada.
Vagueamos entre adereços de Natal e almoçamos em pequeno restaurante com várias distinções internacionais coladas ao vidro. Apinhamo-nos em limitado balcão com vista para a rua. E disfrutamos de excelente quiche (juraria que era lasanha…) com salada. Nada como um estomago feliz.
Perdemo-nos nos mercados de Covent Garden e apetece trazer tudo, tudo. Em primeira ou segunda mão, sobram “motivos” para gastarmos as libras que não temos. Deixamos, porém, os ímpetos consumistas de lado e vamos apenas disfrutando do ambiente, que empresta a Londres uma magia singular…
A jornada está a acabar… Coração e mente felizes. Relaxados, tranquilos, plenos… Agora é tempo de descansar, usufruir deste período festivo e preparar o fim de fevereiro (26 a 21 de março), quando China e Birmânia entrarem, em programas autónomos, mas consecutivos, no projeto Bornfreee…
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