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PÂNICO NO AEROPORTO

PÂNICO NO AEROPORTO

O cansaço acumulado cria muitas vezes fortes dissabores. Erros que podem ser fatais. Hoje, apenas um pequeno “milagre” impediu que a aventura nos antípodas começasse muito mal. Com lição memorável. E bem fundo no nosso bolso.“Rui Batista, Mr. Rui Batista!!”, ouve-se, insistentemente, na instalação sonora do aeroporto de Perth, sem que eu, alienado, tivesse dado por isso. Tínhamos já cumprido com todas as formalidades burocráticas para entrar no país quando o Carlos e o Zé Luís foram levantar dinheiro. Eu vejo um sinal “free internet” e voei até ao posto em causa para dar breve conta da nossa chegada. Em segurança.“Rui Batista, Mr. Rui Batista”, continua a soar, repetidamente, nos altifalantes. E eu persisto no meu sorridente mundo autista. Segundos antes, Carlos, quando ouve o aviso, correu para o lugar onde era suposto eu estar. Encontra dois agentes com ar de quem nunca teve amigos apontando para a minha mala. “É o Rui Batista?”. “Não, mas vou chamar”. E foi com cara de quem suspira por uma máscara ou um buraco sem fundo que me apresento aos dois possantes agentes da autoridade. Um pede-me o passaporte, regista os dados, dá-me várias lições de moral e, por isso, insinua que vai  aplicar-me uma multa que jamais me fará cometer deslize semelhante.
Estou já resignado. Não quero é complicações ou prejudicar os meus companheiros de viagem. O Carlos, que continua comigo, tentar amenizar o ambiente.
Por milagre – ainda por descortinar – deixam-me ir… com o simples, mas assertivo conselho de que não volte a repetir a gracinha, até porque outros meios já estavam a ser acionados. Ufa… Minutos depois, ainda mal refeito da situação, saio do terminal para perguntar a três agentes policiais informação sobre transporte para a cidade, sem reparar que um deles é precisamente um dos que estava determinado a explodir com a minha mala.“Então, voltou a perder a bagagem?”, questiona, atirando sonora gargalhada. O quarteto, registe-se, é de simpatia extrema. Um dos outros agentes chegou mesmo a pedir por mais perguntas. “É para isso que me pagam, para ajudar as pessoas”.O sol brilha e às 08:00 a temperatura já vai nos 20 e poucos graus. Optámos por um táxi e seguimos para Fremantle..

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Este é o primeiro livro de um autor português, Rui Barbosa Batista, que nos leva a viajar por mais de 50 países, dos cinco Continentes, não em formato de guia, mas antes em 348 inspiradoras páginas, 24 das quais com fotografias (81).