Entusiasmante, a desejada rota para Shangri-La. Seis a oito horas em bom caminho, embora de relevo acidentado. Subiremos até aos 3.300 metros. Sempre em zona de montanha. O Yangtze – maior rio da china – corre turquesa e, lá no alto, as ‘snow mountains’ que tanto fascinam e orgulham este povo. A ruralidade vai subindo de tom até às primeiras manifestações da cultura tibetana. Edifícios e as fitas de bandeirinhas típicas da sua cultura. O vento, embala as suas palavras… Finalmente, SHANGRI-LAParaíso da Terra. Essa é a tradução de Shangri-La, nome assumido em 2001 em detrimento de Zhongdian. Marketing reclamado pela China depois de James Hilton (nunca esteve na China) ter escrito o livro “Horizonte Perdido”, em 1933. Supostamente, passado nesta região do globo. Segundo o autor, um lugar místico, um vale harmonioso habitado por gentes pacíficas e que vivem quase eternamente. É sinonimo de paraíso na Terra. O lugar da “eterna felicidade”, isolado do Mundo. Quatro anos depois, Frank Capra levou-o ao cinema. Há quem acredite que é o mítico reino tibetano da tradição budista: Shambala.
Estamos a entrar na alta meseta tibetana. A 3.300 metros acima do nível do mar. As portas do Tibete.
Foi para este lugar idílico que budistas se refugiaram amiúde, sempre que a “história” os ameaçou. A cidade está dividida entre tibetanos e os chineses Han, a maior etnia do país, com cerca de 92% da população da China. Também encontramos Naxi, Bai, Yi e Lisu. A paisagem, totalmente tibetana.
Há um ano, a tragédia: boa parte da cidade velha ardeu. Não sei o que vou encontrar….
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