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Mercado Lijiang

Mercado Lijiang

Não acredito no que vejo. Desnecessário beliscar-me. A música é tipo folclore e as improváveis bailarinas… As senhoras da grande secção de talho do mercado de Lijiang, o ilustre palco de tão singular atuação. Voltas para a frente e para trás, braços aos esses no ar e cabeças altivas. Improviso ao melhor estilo caribeño.
Umas dez mulheres animam o mercado. E como me entusiasmam… Resisto a juntar-me à coreografia. Mas parece que intimido. Ou a minha pequena máquina. E ‘empurro’ as duas de cá para a ponta oposta. Não pensariam ter estranhos na audiência.
Cirandar pelos mercados é dos meus desportos favoritos. Disperso-me em diálogos e brincadeiras com vendedores locais. Por vezes arrisco incompatibilidades de humor. Paciência. Sorriso amigável e parto para outra. Um regalo ver fruta e legumes que desconheço. E ter quem mo explique.
Estes mercados já são tecnicologicamentente avançados. A TV dos momentos sem clientes cedeu aos tablets e smartphones. A filmes, novelas e música. A atenção deixou de estar no potencial cliente. Já não o chamam. Aguardam por ser interrompidos. Inversão da lógica que apanha cada vez mais vendedores. Há quem conserte panelas velhas. Sapatos intratáveis. Serviços de costura masculinos. E há presunto!! Sim, não com o estilo e sabor do nosso, mas…
Aventais azuis com boné branco anuncia vendedoras de vegetais. No atrelado da bicicleta onde estão sentadas. Há ovos verdes, amarelos e cor de terra. São tratados para ter sabores distintos. Há quem aguente moribundos peixes com recurso a pequena máquina que supostamente oxigena a água, em pequenas bacias. Ainda se mexem… De papo para o ar, de olhar inerte, sem vida. E, invariavelmente, há quem jogue. Sempre a dinheiro….

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