Svaneti fica lá, bem no alto. Ao nível do calor e peito aberto das gentes desta montanha. Muitos modos são ainda algo rudes, porém, no essencial, estes ‘ausentes’ da civilização não nos deixam ficar mal.Estamos preparados para faustoso repasto, com cerveja e vinho suficientes para duas refeições, e eis que um local nos presenteia com espumante. “Da Geórgia”, diz-nos, enquanto aponta, com o calejado indicador, para
a referência da garrafa. Não fala inglês. Terá os seus 50 e destaca-se pela fisionomia atarracada e ar bonacheirão. Merece brinde. Mais um. A nossa sobriedade não fica totalmente garantida. Muita mistura para organismo necessitado de robusta comida.Desaparece. Em 30 segundos, regressa. Com outra garrafa. Levantamo-nos para o impedir da loucura. Assim é exagero. Nem sequer tínhamos falado antes. É hospitalidade em exagero. Brusco, Muda de feições. Tira pistola do cinto…São apenas uns instantes, mas podem parecer eternidade. O seu ar não se destaca pela sobriedade. Não conhecemos a gentil alma. Segundos de expectativa e…lume!! Acende cigarro no mesmíssimo segundo. Faz um último brinde e desaparece. De vez.Este não é exemplo único de amabilidade. Numa outra refeição, um grupo de cavalheiros da montanha oferece dois litros do tinto que bebemos. Atentos à nossa companhia. Muito, mesmo. Não é por falta de ‘fruta’ que não aguentaremos as agruras do dia seguinte. Novos brindes de agradecimento. As nossas donzelas estão em alta. O seu charme já ecoa pelas montanhas….
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