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“O desafio de escrita em viagem Bornfreee continua. E Isabel Moura volta a cena…”
Assuão, 03:00. TRRRRIIMMM!!!! Hora de acordar: Abul-Simbel aguarda-nos!São parcas as horas de sono nestas “férias”, mas ninguém reclama. Sabemos de antemão que os perto de 300 quilómetros (para cada lado) a percorrer valem a pena. As imagens que conhecemos impressionam pela grandiosidade.
A história também: dois grandes templos escavados na rocha, mandados construir por Ramsés II, em sua própria homenagem e da sua preferida mulher, Nefertari. Por ser considerada uma zona “sensível” em termos de segurança – junto à fronteira com Sudão – apenas com escolta policial é possível avançar. São várias as carrinhas repletas de turistas a pretenderem o mesmo. Finalmente, vemos outros viajantes. Ainda é noite. Muitas caras de sono. Seguimos em caravana, devidamente escoltados pela polícia. Deparamo-nos com vários controlos durante o trajeto. Segurança “oblige”. Este grupo gosta mais de aventura pura e dura, mas não temos alternativa.
Atravessámos o deserto, embalados pela animada música egípcia simpaticamente colocada pelo nosso DJ/motorista. O sol ergue-se, preguiçoso, mas deixa-nos deslumbrados pela paisagem. Surpreendente o nascer do sol no deserto… De tirar o fôlego. Olhar fixo no horizonte, assistindo à gradual mudança das cores. Um autêntico filme. A mente evade-se. Alheia ao som da música gritante.
Em verdadeira romaria chegámos a Abu Simbel. Afinal há turistas no Egipto, e concentraram-se todos aqui. Não estávamos habituados a vê-los. Nem ficamos com saudades…
Imponente a paisagem com a qual nos deparámos, entre o lago Nasser e os incríveis templos!
Grandiosos templos. Tanto em dimensão, com estátuas com mais de 30 metros de altura à entrada e vastos corredores interiores, como em arte/engenho/delicadeza nas gravuras interiores! Património milenar intacto a meio palmo do nariz. Ao alcance do nosso toque. Ninguém resiste apesar dos avisos.
Inacreditável pensar que este grandioso complexo arqueológico não se situa no seu local original! Devido à construção da barragem de Assuão, e do consequente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi trasladado do seu local original durante a década de 1960, a fim de ser salvo de ficar submerso. Diversos organismos internacionais e várias nações contribuíram para este complexo desígnio. E ainda bem!! Que perda seria para a Humanidade!
Com que engenho não sei, mas só posso agradecer por permitirem que a minha e futuras gerações possam continuar a descobrir estas maravilhas! Não haverá lugar no Egito onde as imagens e gravuras sejam tao nítidas.
Sem dúvida, um dos pontos altos do Egito. Todo e qualquer sacrifício é válido para visitar Abu Simbel. Guardado na gaveta das melhores recordações de viagem….

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