Bosques envolventes a perder de vista. Campos espraiados em  sensuais ondulações. Encantadoras casas rústicas. Tudo incrustado em inebriantes verdes. Pintalgados de orgulhosas flores de vivo amarelo. E o aroma fresco das cerejeiras em flor.
O desfile não terminava. As sucessivas paisagens prendiam o meu olhar. Estimulavam a mente. Preenchida por invulgar paz. Sem duvidas: estava em casa.
Regressar à Lituânia é garantia de peito inchado, longo suspiro. De um prazeiroso levitar. Acima de tudo, um retorno ao principio. À natureza. Ao ultimo lugar pagão do Velho Continente. Um local onde sempre fui – e serei – feliz.      O país, um terço do tamanho de Portugal, é plano – a ‘vertigem’ das alturas nunca chega aos300 metros. Um terço do território é bosque. A imensa zona rural será outro tanto. As cidades pequenas. Mais ou menos aconchegantes. Mas isso não interessa, quando a natureza nos deixa em permanente transe.
Dizem-me que não há país na Europa com tantas cegonhas. “São 13 mil casais”, garantem-me. E que “os rios são 22.000 e os lagos3.000”. Simpáticos e comunicativos, os lituanos são muito virados para a natureza. O longo e rigoroso inverno ajuda a esta paixão.
Perdi a conta a quantas vezes deambulei por este vício dos Bálticos, mas foi só agora a primeira vez no aeroporto de Vilnius.
“Parece a estação de comboios de Ermesinde”, ouvi. De facto, não será muito maior.
A cidade já dorme. É tarde quando chego ao seu coração. Pouco mais de meio milhão de habitantes, que parecem hibernar durante a semana. A partir de quinta-feira, os compatriotas de Arvydas Sabonis soltam as amarras e perdem-se na noite. A festa tem ritmo. Intensidade. E muitas caras bonitas.
Um pequeno passeio pelo casco velho. Perco-me por becos para logo me reencontrar numa qualquer referência que me faz sorrir..

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