
O neocolonialismo europeu é feito agora dentro do espaço comunitário. Pelo suspeito do costume. A ilha do Mediterrâneo já pouco tem de genuino na sua parte urbana. Começam por me mostrar as ‘virtudes’ do Arenal e entro em pânico: se quisesse ir para a Alemanha, escolheria outro voo. Não estamos na época alta, mas dá igual. Eles estão por TODO o lado.
Raramente sóbrios. Mesmo que a hora do dia indicie que é pouco provável. Fossem as ruas alemãs brindadas por estrangeiros com vazias latas de cerveja e eu imagino o que seria… Nem os mictorios escapam. Há jogo de futebol. O que significa? ‘Familia’ unida em amplo pavilhão (há muitos destes, por aqui), com cerveja a jorrar por todos os lados (que fácil é ficar colado ao pegajoso chão), a contemplar os ecrãs gigantes e música aos berros. A cereja em cima do bolo? Várias dançarinas em reduzidos trajes a dançar em cima das mesas. Boa figura, pouca roupa, muitos sorrisos, residual atenção. O pessoal ainda digere o almoço…
Junto à praia de águas calidas, surge vasto grupo ‘hermanado’ pela mesma germânica t-shirt. ‘Sexta a segunda-feira, diversão total’. Presumo que não preciso explicar o conceito. Trazem equipa privada de produção de video – para quando se esquecerem do que fizeram, as imagens iludirem qualquer subito Alzheimer. São igualmente acompanhados por segurança particular. Não vejo a hora de um dia integrar viagem do turismo sénior do INATEL…

Ninguém nos obriga a estar aqui. Vamos arejar para outras latitudes…