


Não estando minimamente preparado para o que ía encontrar em Palma de Maiorca, Port d’Alcúdia torna-se outra surpresa que me faz ter alguma dificuldade em controlar a ‘queda’ do queixo. Desde a idade do bronze que esta região é habitada, mas foram os romanos a mudar a sua face mesmo antes do profeta surgir e assim ‘criar’ o cristianismo.
Não é pela praia que esta baía me seduz, nem pelo animado porto que desenvolveu a cidade, mas sobretudo o recheio das muralhas edificadas em 1362, no qual a estrutura da cidade se mantém inalterada desde então.
O turismo que aqui começou a florescer nos anos 70, quando Palma de Maiorca entrou no mapa do Mundo das férias, Alcúdia encontrou a sua missão, deixando uma história de pobreza para se transformar em apreciado resort. Além das atividades de mar, prolíferas em 14 quilómetros de praia, foram criados circuitos pedonais, trilhos de bicicleta e campos de golfe. A somar à inteligência de preservar a cidade velha, tornando-a pedonal. Na verdade, foi este o segredo.
Podemos caminhar pela muralha praticamente em todo o seu traçado, de onde se avistam ruinas romanas, incluindo um teatro. Mas é no seu interior onde proliferam edifícios com vários séculos, diversos restaurantes de charme dão encanto especial a Port d’Alcúdia, tanto na cidade velha, como na zona do porto. Vários apenas estão abertos na época balnear. Entramos no Satyricon e é como entrar em palco numa peça de outros tempos. O espaço justifica, só por si, uma visita.
Anualmente, no início de julho, há um festival em que os locais se trajam de romanos e realizam um conjunto de atividades históricas. Uma semana em que esta gente se mascara em homenagem aos seus antepassados. Pode ser uma boa altura para voltar…