
As indicações do checo não foram precisamente correctas. E com isso perdemos muito tempo. E paciência. Os nossos transportadores foram uma autêntica praga para que acabássemos num hostel onde teriam comissão assegurada. Prescindimos dos seus serviços. Seguiram-nos boa parte da manhã. Preferimos o calor e o pó das porcas ruas a ceder.
No caótico (a todos os níveis) centro, um dos melhores restaurantes, indicados por um guia de viagem japonês. Acabámos por ficar todos juntos. Inclusivamente na mesma guest house. Em boa hora.
“Kayo”, japonesa de 35 anos, e uns castiços 152 cm, viaja com o namorado Miguel, espanhol, quatro anos mais novo, com o dobro do tamanho. Há oito anos e meio que emigrou para o Japão. Onde ensina castelhano. Frank, alemão de 36 anos, em período sabático de quatro meses e meio. Para se reencontrar. A esposa foi a primeira a entendê-lo.
O casal num duplo, nós num triplo. Os cinco juntos. Em todo o lado. Uma improvável amizade que em dias ganhou raízes. Sabemos que sólidas, apesar da distancia.
