O Lago Tana é pródigo em mosteiros, incluindo um de origem portuguesa (boa parte de nós não faz a menor ideia do vastíssimo património que deixamos por este Mundo). Preço adiantado na negociação, mas ainda consigo baixar para quase metade do ‘acordado’ de véspera. Ainda assim, sei que valor acima do local. É justo ‘ajudar’, só não gosto quando me tentam explorar ou enganar. Muito. Arrasto Augusto e Paola comigo. Teremos barco partilhado com jovem e simpático casal local e outros dois etíopes. Arrancamos e logo avistamos hipopótamos. O animal que mais humanos mata em África. Estão tranquilos, na água, e a distância segura. Aves cruzam o céu e arrastam consigo o nosso queixo, elevado pela curiosidade. O vício do Augusto começa a ser bichinho a prender a minha atenção e curiosidade.
Iremos a seis ilhas. Vamos rasgando as águas serenas e apreciando a natureza, entre a observação do engenho humano. Mosteiros de inegável beleza e interesse, mas nem sempre a obra do Homem é o que mais me cativa. Vende-se souvenires nos lugares mais bizarros. É assim, onde chega turista.Estranham quando peço bilhete/recibo dos 100 birr (quatro euros) que exigem por cada mosteiro visitado. A pagar, que seja para a conservação do património.A bela etíope grita. Vê um crocodilo. Afinal, apenas um aligator. Tal como nós, saltou este mosteiro. E acompanha-nos em volta à pequena ilha, enquanto o marido se entretém a tirar fotos ao edifício. Vamos por intrincados caminhos. Com olhar treinado, de apurada rapina, Augusto vê mais dois espécimes. Vou para frente do grupo, não terei a mesma sorte.Nas seis horas da saltitante jornada, falamos também com monges. Serenos. Recatados. Simples. Paola seduzida pelos olhos e olhar de um deles. Quer saber a sua idade….
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