– “Vais encontrar o Pina, um ‘gajo’ cinco estrelas que te ajudará em tudo o que for preciso”, dissera-me o Pedro Sousa Pereira.
Vindo de quem vem, não duvidei das referências. Ao chegar à África do Sul, bastaram umas horas para confirmar as sábias palavras.
O António Pina, jornalista multifacetado que já passou por todas as áreas e diferentes tipos de órgãos de informação, foi um verdadeiro companheiro e cúmplice nesta jornada mundialista (2010). Partilhou alegrias, frustrações, opiniões e, no fim, ainda arranjou uma cereja de um tamanho e sabor que nenhum bolo podia comportar.
– “Se quiserem ir à Namíbia, é para já. Só tenho de pedir uma semana de férias e arrancamos logo após o fim do Mundial”. Dito e feito.
No seu musicalmente bem instruído Toyota RAV 4 passámos juntos mais de 4.000 km por entre deserto, savana, cidades, animais selvagens… Uma verdadeira odisseia.
Pina prescindiu regularmente das suas muito apreciadas horas matinais de sono para se pôr a caminho para mais uma etapa da dura, mas recompensadora aventura. Pena termos de regressar à pressa por imperativos de voo, súbita e inesperadamente, mudado para o regresso a Portugal. Foram 2000 os quilómetros a fazer à pressa em África. E não é fácil.
Recordarei com saudade a odisseia para encontrar o gelado que tanto desejava e o seu fetiche pelo Wimpy, uma das cadeias de fastfood que vai permitindo aos viajantes comer a horas impróprias, quando tudo o resto está fechado.
Como bem sabes, companheiro, as portas de minha casa estão e estarão sempre abertas para ti. Cá te aguardo.
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