Pequeno-almoço tomado, as ultimas palavras de agradecimento trocadas quando Rosa Maria me leva a ver a sua salinha. Fotografias antigas, trabalhos diversos feitos pelas suas delicadas mãos e mais um piano, além daquele que está ‘acabado’ na sala principal.
– “A Patrícia costumava tocar, mas já há muito que não o faz. Adorava ouvi-la…”, lamenta-se, saudosa.
Num abrir e fechar de olhos, a jovem médica satisfez a vontade da progenitora e já está sentada e concentrada a tentar recordar oito anos de lições de piano. Hesitante, vai experimentando umas notas que a voracidade da minha máquina fotográfica vai inibindo.
– “Assim fica mais complicado. É difícil tocar enquanto estamos a ser gravados”, queixa-se, com sorriso angelical.
Desculpo-me, mas estou siderado com o momento e é complicado parar. Apenas deu para disfarçar. Não podia haver melhor forma de me despedir da família Jardim, que me fez sentir completamente em casa. Abriu-me as portas sem me conhecer e em dois dias de convívio estabeleceu laços que sei vão perdurar, com novos episódios no Porto.
Sentada ao piano, Patrícia, singela, feminina, delicada, foi igual a si e ao momento: belo e cativante.
Mais uma vez, obrigado a todos.
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