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“Porque à Índia não se chega, meu caro, na Índia caminha-se”

“Porque à Índia não se chega, meu caro, na Índia caminha-se”

Um excerto de uma India sorvida pelo escritor português Gonçalo M. Tavares.

“O rio Ganges é a mais importante biblioteca da cidade e o mais importante arquivo.
Não há verdade fora do rio, nem há mentira de qualidade, ficção ou mitologia, exterior às suas águas sujas. Mas as águas não são sujas, realmente tal expressão é um erro – corrige Anish. São águas complexas, o que é diferente.
Aqui a água não é um elemento de visita ao mundo dos homens, são os homens que estão de visita à água – e na Índia toda a gente o sabe.

(…) O que não é atraído pela água não é importante. A água é sagrada. Depois de mergulharem no rio as pessoas cantam mais, há quem saia da água com uma voz milagrosa e não há dançarina que na véspera de actuar não vá copiar do rio certos movimentos. É o único país onde a água embebeda mais que o vinho e seduz tanto como as mulheres jovens.”

Uma Viagem à Índia (canto VII) | Gonçalo M. Tavares

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