Nação transcontinental movida a petróleo, o Azerbaijão e o seu regime têm procurado credibilidade e visibilidade mundial através da organização de grandes eventos internacionais, com os Jogos Europeus.
Líder do Partido do Novo Azerbaijão, Ilham Heydar oglu Aliyev é o presidente do país desde 2003, sucedendo ao seu pai em eleições que a comunidade internacional considerou terem sido alvo de fraude: vai gerindo o país com a ‘firmeza’ que o seu poder lhe confere.
Organizar grandes eventos internacionais é uma das formas que os poderes políticos de legitimidade questionável usam para a ultrapassar e o Azerbaijão já tinha feito tentativas, frustradas, de albergar os Jogos Olímpicos de 2016 e 2020, mas em ambas as ocasiões nem sequer conseguiu ser admitido como candidato, pelo que o êxito dos I Jogos Europeus pode ser decisivo para as suas aspirações futuras.
Se os Jogos falharam, já o Festival da Eurovisão 2012 deu grande exposição mediática e turística ao país, que agora espera ter neste evento efeitos semelhantes.
O Azerbaijão já garantiu ainda um Grande Prémio de Fórmula 1 para 2016, vai receber os Jogos Islâmicos em 2017 e desafios dos Europeus de futebol de 2020, que serão disputados em vários países em simultâneo.
Para a credibilidade internacional, o país agarra-se à sua situação política estável – mesmo que os direitos humanos sejam um tema delicado e sempre na ordem do dia – e economia em desenvolvimento, bem como a sua posição estratégica e riqueza em recursos naturais, capazes de atrair investimento e interesse estrangeiro.
Baku está sobre uma das grandes jazidas de petróleo do planeta e o dinheiro que destas tem jorrado tem servido para a modernizar: é assim que a centralidade da capital tem deixado a histórica “cidade velha” para renascer na baixa, onde floresce uma importante metrópole da região.
A ‘cidade fustigada pelo vento’, o seu nome em persa arcaico, é a capital e maior cidade do Azerbaijão, com cerca de dois milhões de habitantes, e é servida pelo maior porto do país, nas margens do Mar Cáspio.
A República do Azerbaijão está localizada no Cáucaso, na fronteira entre a Europa e a Ásia, com a Rússia, Geórgia, Arménia (com quem não tem relações, devido à guerra de Nagorno-Karabakh) e Irão, bem como enclave turco do Nakichevan, como vizinhos, enquanto do outro lado do Mar Cáspio está o Turquemenistão..
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